terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pobre Infância Invisível




Fumaça, correria, vidas com pressa, histórias medíocres,
na passarela do tempo, eles são invisíveis,
caminhos, horários, trabalho, metrô, anoitecer, calafrio
e por entre os ponteiros, eles não passam de pingos negros na paisagem 
poluída da cidade...
Barrigas que roncam, cola que engana a fome e amigos de rua como família, 
deitar com bichos, coisa normal...
A lua vindo e o frio descendo, papelões aquecem o sonho de uma cama quente,
prostitutas, professores, alunos, amarelos, negros e pardos, saltos, botas e tênis,
pisando na casa da pobre infância invisível..
Cigarro, cana, cerveja, risos, choros, brigas, disputa por um pedaço de pão,
olhos cegos para a realidade, de pessoas que não sentem com a alma, nem tão pouco 
com o coração!
Mães que são crianças ainda, crianças que mamam maconha, crack e torpor, lama, concreto e 
asfalto, vidas, que não pediram essa dor...

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