terça-feira, 22 de setembro de 2015

Serás Mãe Por Toda a Vida!


 



"Respira. Serás mãe por toda a vida.
Ensine as coisas importantes. As de verdade.
A pular poças de água, a observar os bichinhos,
a dar beijos de borboleta e abraços bem fortes.
Não se esqueça desses abraços e não os negue nunca.
Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços que você sinta falta,
sejam aqueles que você não deu.
Diga ao seu filho o quanto você o ama, sempre que pensar nisso.
Deixe ele imaginar. Imagine com ele.
As paredes podem ser pintadas de novo,
as coisas quebram e são substituídas.
Os gritos da mãe ficam.
Muitas vezes você pode lavar os pratos mais tarde.
Enquanto você limpa, ele cresce.
Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalhe menos e ame mais.
Menos presente e mais presença! E, acima de tudo, respira.
Serás mãe por toda a vida. Ele será criança só uma vez.” (Autor desconhecido)

Pobre Infância Invisível




Fumaça, correria, vidas com pressa, histórias medíocres,
na passarela do tempo, eles são invisíveis,
caminhos, horários, trabalho, metrô, anoitecer, calafrio
e por entre os ponteiros, eles não passam de pingos negros na paisagem 
poluída da cidade...
Barrigas que roncam, cola que engana a fome e amigos de rua como família, 
deitar com bichos, coisa normal...
A lua vindo e o frio descendo, papelões aquecem o sonho de uma cama quente,
prostitutas, professores, alunos, amarelos, negros e pardos, saltos, botas e tênis,
pisando na casa da pobre infância invisível..
Cigarro, cana, cerveja, risos, choros, brigas, disputa por um pedaço de pão,
olhos cegos para a realidade, de pessoas que não sentem com a alma, nem tão pouco 
com o coração!
Mães que são crianças ainda, crianças que mamam maconha, crack e torpor, lama, concreto e 
asfalto, vidas, que não pediram essa dor...